quarta-feira, janeiro 4

Emoção ou razão?

Uma pesquisa encomendada pela USP mostrou que a maioria dos consumidores ao comprar seus remédios deixa-se levar pela razão. Apesar disso, as propagandas de remédios contém mais apelos emocionais. Uma pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP avaliou, de um lado, a atitude do consumidor sobre medicamentos, e de outro, propagandas de remédios em revistas de grande circulação nacional. A incompatibilidade entre a atitude de consumidores e a prática da propaganda foi a principal conclusão da pesquisa.
Nas cerca de 160 peças analisadas foi constatado maior uso de apelos emocionais, presentes em quase 80% das propagandas. Já o apelo racional apareceu em apenas 44% delas. A pesquisadora considerou como propaganda emocional àquela que tenta gerar sentimentos, atrair os consumidores por apelos à beleza, alegria, sensualidade etc. E como propaganda racional àquela que informa sobre benefícios funcionais do produto, riscos, tratamentos alternativos, forma de ação etc Também foi avaliada a atitude dos consumidores frente a dois anúncios de revista de um medicamento para emagrecer. O primeiro com apelo predominantemente emocional (veiculado na mídia brasileira) e o outro mais racional (adaptado de informações na internet sobre o remédio). Os entrevistados foram mais favoráveis à segunda peça, que continha informações sobre o modo de ação do produto, e se disseram mais propensos a comprar ou a perguntar ao médico sobre ele. A outra propaganda trazia um forte apelo emocional ao perguntar "O que você faria com alguns quilos a menos?".
Na verdade acho que aqui entra claramente o fato de certas coisas não precisarem tanto assim de propaganda. Até porque o seu uso, faz-se necessário como são os casos dos remédios. O que importa aqui é a satisfação entre o que se compra e sua reação. Boa ou má, é na verdade o consumidor quem decide. E há desde uma simpatia pelo nome ou até uma notável tradição na família, usar esse ou aquele medicamento.

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