quarta-feira, setembro 14

Brifando

Não sei... Resolvi escrever hoje ao ler uma notícia no jornal. Já faz um certo tempo que gostaria de escrever algo do tipo mas não sobrava tempo nem oporunidade. Hoje...
Bom, acho que criatividade todos tem, sem excessão, só é preciso (e necessário) treiná-la e coloca-la pra funcionar. E colocá-la pra funcionar, não significa pegar uma idéia de alguém , mais ou menos pronta e adaptá-la, ao ponto disso ser facilmente notado. Porque estou falando td isso?
Todo mundo sabe, que o maior objetivo da Record não é só a mera liderança. É, além disso poder dizer e mostrar que pode passar a frente da Globo. Acredito piamente que todos os canais abertos podem sim serem melhores que a Globo, vista como padrão e tal. O que não acredito e não acho nada ético, é que a partir de meios para conseguir isso ela (a Record) e qualquer outro canal precise ter a mesma programação, os mesmos horários, os mesmos atores, os mesmos telejornais... Não acredito mesmo!
Consigo provar isso com alguns fatos e programas: É imaginavelmente coincidência no domingo ter um programa semelhante ao Fantástico. Além de colocarem um casal de apresentadores, as pautas são exatamente as mesmas: curiosidades, fatos da semana e tudo mais... ah e ainda o nome não fica muito longe: Domingo Espetacular?
Não estou dizendo nem julgando qual seja melhor... não é isso. O fato é que a falta de ética e criatividade de alguns fazem com que, nós, teleespectadores nem percebemos quando mudamos de canal... e se chegarmos a esse ponto do que vale a livre e LEAL concorrência? Do que vale a diversidade de públicos para as inserções de publicidade? Do que vale cada emissora querer mais e mais se especializar para ser a melhor? Veja bem: ser a melhor não implica em ser igual a até então melhor.
Na última semana a Record publicou um boletim dizendo que cresceu em audiência com relação ao ano passado. Até aí, louvável a ação. Nada mais gostoso de fazer o mundo saber de suas conquistas. Agora, meses e até dias atrás, ela não exibiu em sua exclusiva grade de programação nem em suas rádios um certo fato que quase o mundo exibia. Porque aí então, ao invés de cópias mal feitas e singelas não exibiam em grande massa a morte daquele que foi um homem de paz? Estou falando de JPII - nosso último Papa. Por diferença de religião? Nem uma simples nota, nem uma informação... Se fosse real o motivo de diferenças entre a religião dela e a Igreja, tudo bem, seria até aceitável. Mas então porque não exibiram também e nem comentaram o envolvimento do deputado com malas de dinheiro passeando por aí? Certamente, porque não tinham o que dizer diante de tal fato. Talvez também o mesmo motivo que não exibiram o Conclave.
Fazer televisão pra si mesmo é ótimo... fácil e até rentável. Fazer televisão pra um público é outra coisa totalmente diferente. Implica em fazer coisas que não gostamos, filmes que não nos satisfazem, novelas que não nos agradam e o pior: ser ético e ter respeito com quem assiste. E isso a Record ainda está longe de conseguir. Haja visto somente por esses dois episódios, que se observarmos melhor são dois de muitos.
Ah, a notícia que li hoje no jornal dizia: "Record produz reality show estilo Big Brother!"
Viu?

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